Vai mal e pelo jeito não vai mudar
Nossos políticos se digladiam diariamente no afã quase irresistível de mostrar para o público qual o pior. É triste, mas é isso. Com as vênias e desculpas aos bons políticos, que existem e fazem força para mudar a toada, a verdade é que a política nacional está atingindo picos de deixar ditador africano da década de 1970 parecendo criancinha brincando em playground.
Não há mais qualquer compromisso com a verdade, com a ética, com os bons costumes ou com a educação. De chute nas partes baixas para fora, vale tudo, facadas, tiros, pedradas e todas as formas de violência ou de causar dano ao próximo já desenvolvidas, em desenvolvimento ou a serem desenvolvidas pelo ser humano.
Tanto faz se o país cai pelas tabelas, se a pandemia continua firme e forte, levando centenas de vidas todos os dias.
Tanto faz se mais de 13 milhões de pessoas não têm emprego. Se outros tantos perderam a esperança e desistiram de procurar emprego.
Tanto faz se quarenta milhões de pessoas estão em situação de vulnerabilidade pela fome.
E que cem milhões de brasileiros vivem com até um salário-mínimo por mês.
Nada disso tem importância, como não tem importância a inflação estar subindo e não ter nada que indique que a escalada pode ser controlada.
O que vale é entregar a alma ao diabo e os cofres da nação aos interessados em fazer bons negócios, desde que isso garanta ficar no poder.
O povo? Estes indivíduos querem que o povo se dane. Povo só é bom na hora de votar, claro que incentivado por um bolsa família novo.
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