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Liberdade de imprensa

A democracia é o pior sistema político que existe, pena que não inventaram nenhum melhor.

Em nenhuma democracia seria possível matar mais de vinte milhões de pessoas de fome, como aconteceu na União Soviética. Da mesma forma, em nenhuma democracia seria possível levar o mundo à Segunda Guerra Mundial, com milhões de mortos, como aconteceu na Alemanha nazista.

A democracia está longe de ser perfeita ou de funcionar absolutamente azeitada, da mesma forma que as democracias não são necessariamente iguais na sua forma de funcionamento.

Mas isso não significa que não sejam democracias ou que a vontade e a liberdade do povo não estejam garantidas e sejam a palavra final.

A democracia pode ser monarquista, republicana, presidencialista, parlamentarista ou mista. Tanto faz, cada povo sabe de si e tem suas tradições e sua forma de viver. Então cada povo sabe de sua democracia e a melhor forma de preservá-la.

Mas há bases comuns sem as quais a democracia não se sustenta. E a primeira e mais importante é a liberdade de expressão, seguida da liberdade de escolha.

Não há democracia sem a possibilidade de discussão de todos os temas, com o consenso necessário para a prevalência da vontade da maioria, respeitadas todas as partes, entre elas, o direito das minorias.

É aí que entra a liberdade de imprensa. Não há democracia sem imprensa livre, capaz de emitir opiniões a favor e contra o governo, até porque o governo não é o povo, mas apenas está lá em nome do povo.

A imprensa não é perfeita. A imprensa é feita por seres humanos, com todas as qualidades e defeitos dos seres humanos. Mas tentar calá-la porque não fala o que o governante quer ouvir é solapar a democracia.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.