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A cura da AIDS

Bom é comentar notícia boa. As gerações mais moças não se lembram, até porque não eram nascidas, mas a chegada da AIDS foi algo tão ou mais violento do que a pandemia do coronavírus.

Na década de 1980, a doença matou milhares de pessoas, entre elas amigos e conhecidos, no Brasil e no mundo. Provavelmente ela já estava entre nós bem antes, o que explicaria mortes que, na época, deixaram grandes pontos de interrogação e que ninguém conseguiu explicar.

Com os estudos sobre a epidemia, foram desenvolvidos medicamentos e coquetéis de medicamentos que minimizaram sua letalidade, apesar de não curar a doença. Com o uso regular deles, pessoas contaminadas pelo vírus da AIDS passaram a levar vida normal e as campanhas de esclarecimento que foram sistematicamente realizadas reduziram significativamente o medo e o preconceito.

O Brasil, durante décadas, foi dos principais centros de acolhimento e tratamento da AIDS. As ações desencadeadas serviram de modelo para outros países tratarem do assunto de forma humanizada e eficiente, dando aos portadores do vírus a possibilidade de interagirem com a sociedade sem ficarem sujeitos ao estigma da doença.

Mas a AIDS, apesar de relativamente controlada em função do uso dos medicamentos desenvolvidos para os portadores do vírus, seguia como uma doença sem cura.

Agora isso mudou. Tratamentos experimentais estão dando resultado e portadores do vírus estão sarando, zerando a carga viral e recuperando integralmente a saúde.

Em época de pandemia, de varíola do macaco, a notícia da cura da AIDS é mais que uma vitória do ser humano. É o que nós precisávamos para tocar em frente, porque a ciência está do nosso lado.

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.