Obrigado para a Anca
[Crônica do dia 3 de junho de 2006]
Entre as boas contribuições da OSESP, a orquestra de nível internacional que colocou São Paulo entre as cidades com grandes orquestras no mundo, o que não é pouco, uma das que me atingiu diretamente, além, evidentemente, do prazer de ouvir a orquestra tocar, foi ter conhecido a Anca.
A Anca é uma jovem romena, violinista de talento extraordinário, que veio dos Estados Unidos para ser uma das profissionais que dão nível de excelência para nossa orquestra. Porque a OSESP, como qualquer grande orquestra do mundo, transcende a nacionalidade dos músicos, ou a cidade onde está sediada. Ela é um microcosmo voltado para produzir arte da melhor categoria, unindo em volta dela pessoas de todas as nacionalidades, desde que tenham talento, disciplina e competência, além da capacidade de trabalhar em conjunto, para produzir som de qualidade.
Além disto, por conta de estar aqui, de ser mulher e de gostar de viver, a Anca conheceu um querido amigo meu, que me apresentou para ela no lançamento de meu último livro.
Daí pra frente, tive oportunidade de ouvir a Anca tocar seu violino mágico nas mais diversas ocasiões, algumas delas sem a orquestra tocar junto. E seus solos são maravilhosos. Ela toca com a alma, com as mãos e com o corpo, que acompanha a música como se ela estivesse se entregando ao violino, completamente solta, no som e na sua imensa capacidade de produzi-lo.
A última vez que ouvi a Anca tocar foi na minha casa, faz poucos dias. Durante um jantar pequeno, para pessoas muito amigas, ela levou seu violino e tocou para nós. E entre as músicas, ela tocou o Hino Nacional Brasileiro, e emocionou fortemente quem estava lá em casa.
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