Museu do futebol

[Crônica do dia 3 de fevereiro de 2009]

Depois da maravilha do Museu da Língua Portuguesa, o deslumbramento do Museu do Futebol.

Eu não conhecia o Museu do Futebol. Apesar de ficar dentro do Estádio do Pacaembu, a menos de um quilometro de meu escritório, eu nunca tinha ido até lá, mesmo sabendo que era um projeto especial, que valia a visita.

Outro dia, no final da tarde, em função de um convite de meu amigo Carlos Hadad, da Imprensa Oficial, eu fui. E valeu a pena.

O museu é deslumbrante. Moderno, eletrotécnico, equipado com o que há de mais inovador em termos de equipamentos de projeção, a visita é uma viagem, desde os primórdios, até os dias de hoje, narrando na voz dos maiores locutores esportivos do país a saga deste esporte que no Brasil é religião.

O museu é a encarnação do futebol. Conseguiu unir com imensa felicidade as imagens históricas que dão substância ao acervo, a narrativa dinâmica, no ritmo do jogo, que prende a atenção do visitante e o obriga a interagir, como se estivesse num estádio e depois dentro do campo.

Rápido, ele exige do visitante uma movimentação contínua, como se estivesse dentro de uma partida, assistindo ou jogando, em função da sua localização dentro das instalações.

Pelos telões e TVs a história do esporte interage com fotos antigas, retratos da época das grandes conquistas, e uma montagem especial, viva, do instante em que perdemos a Copa de 50, por dois a um para o Uruguai.

Se não fosse mais nada, o silêncio do Maracanã vale a visita. Mas o museu vai muito além, nas jogadas mágicas de Pelé e seus pares.

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