A CET se supera

Você acha que já viu tudo e que não tem como o trânsito de São Paulo piorar. Aí é que está o seu engano. Tem. Tem e piora todos os dias, tanto faz o que te digam.

Desde que eu me dou por gente, e faz tempo, o trânsito da Capital só piorou. As razões são as mais diversas, mas a primeira e indiscutível é que tem cada vez mais carro do que rua. Além disso, boa parte das ruas é esburacada, então, o que seria ruim por conta da matemática fica pior ainda por conta da engenharia.

Também é possível se falar na qualidade do motorista paulistano, na falta de ordem, para não dizer o caos que é o trânsito porque tem gente que não respeita nada e toca em frente como se a rua fosse dele, tanto faz se paga ou não paga o IPVA.

Curiosamente, além desses fatores, tem um que se sobrepõe aos demais e que, pelas suas peculiaridades, seria no mínimo caso de estudo por alguma universidade multidisciplinar, capaz de avaliar variáveis das diferentes áreas das ciências exatas e humanas.

São Paulo tem, faz muito tempo, a CET como encarregada de dar conta das ruas da cidade. Só que, desde seu início, o reinado da CET se pautou pela busca quase constante pela perfeição invertida.

Quer dizer, a CET não busca solução, a CET busca confusão, ou seja, piorar o caos nosso de cada dia através de ações e omissões cientificamente planejadas para causar o máximo de dano com o mínimo de esforço e, se possível, parar o que for parável, tanto faz a que preço.

Depois da pandemia, o quadro se agravou. A CET está mais alerta do que nunca e, na sua proverbial incompetência, tem atingido patamares inimagináveis num país civilizado. São Paulo não anda mais, se arrasta, tanto faz a hora. Mais um pouco, vamos começar a dar macha a ré no trânsito.

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