Igreja de Santo Antonio

A Igreja de Santo Antonio fica no Largo do Patriarca, aquele que tem um portal tão feio que José Bonifácio, no seu pedestal no canto da praça, preferiu ficar de costas para ele.

A Igreja de Santo Antonio é das mais antigas da cidade. Remonta ao século 16, quando São Paulo era uma corrutela perdida na boca do sertão.

Entre seus grandes momentos, ela foi sé da vila, num período em que São Paulo, além da Igreja dos Jesuítas, tinha mais dois ou três templos. Na época, não era a igreja de hoje, espremida no Largo, era muito menor e mais pobre. A igreja atual foi reformada no século 18, quando a igreja original, semiabandonada, era pouco menos que uma ruína ameaçando cair.

Localizada no coração da povoação, Santo Antonio sempre teve papel relevante nos marcos da vila. Por exemplo, a rua Direita que leva à Praça da Sé e ao Pátio do Colégio, sai à sua direita e segue reta até o miolo original, onde São Paulo nasceu.

Santo Antonio é uma igreja singela, bem no estilo simples e pobre das igrejas paulistas. Não tem como compará-la com as grandes e belas igrejas do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda.

Na época, São Paulo era uma vila pobre, que invariavelmente ficava quase deserta e para onde a população só acorria na época das festas. No mais, ficavam nas fazendas em volta, onde a vida corria praticamente independente, sem necessidade de buscar a povoação para repor o que estivesse faltando.

Esquecida pelo progresso vertiginoso que mudou a cidade, a Igreja de Santo Antonio, hoje, é uma igreja pequena, sem chance e sem vontade de concorrer com os grandes templos espalhados pelo planalto. Mas é justamente essa modéstia nas linhas e o seu interior decorado com imagens simples que fazem dela uma das igrejas mais acolhedoras da Capital.

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