O olhar alucinado

  Parei no semáforo do cruzamento da Avenida Brasil com a Avenida Rebouças e, em menos de cinco segundos, fui ultrapassado e cercado por umas dez motos, também aguardando a abertura do sinal. Nada de novo debaixo do sol. Quem trafega pela Rebouças sabe o que é isso e outras…

Continuar lendo

Os dois lados da pandemia

  Estamos tão intoxicados pela pandemia que não percebemos que existe mais poesia e beleza entre o céu e a terra do que compreende nossa vã filosofia. Nossa realidade é a covid19 e seus mais de 1800 mortos por dia. Nosso sonho é a vacina, tanto faz qual, desde que…

Continuar lendo

Pau ferro e alecrim

Que árvore é mais bonita, um pau ferro ou um alecrim? As duas são árvores deslumbrantes e as duas são o martírio de quem tem que limpar as folhas que caem de seu galhos ao longo dos anos, todos os invernos, deixando o solo mais fértil para a própria árvore,…

Continuar lendo

Os saguis se espalham pela cidade

  Tem quem ache que só as aves descobriram as vantagens inegáveis da vida urbana. Não é bem assim. A Clotilde, por exemplo, depois da aventura com o ouriço, em Ibiúna, no começo do ano, está convencida que sair da cidade é uma irresponsabilidade e que lugar de cão é…

Continuar lendo

Mais de dez mil mortes em sete dias

  Pode parecer história da carochinha, mas não é. O Brasil acaba de ultrapassar dez mil mortos por covid19 em uma semana. Mais de dez mil mortos é para deixar a população apavorada. Mas não é isso que se vê. E não se vê por que o exemplo que vem…

Continuar lendo

A figueira do escritório

No fundo do quintal do meu ex-escritório tem uma figueira impressionante. Não é a maior figueira que eu conheço, nem está perto disto, mas a velocidade com que ela cresce é alucinante e se ela tivesse mais espaço e não fosse sistematicamente podada, provavelmente teria um tamanho de encher os…

Continuar lendo

Praça Coronel Pires de Andrade

São Paulo tem lugares quase que completamente desconhecidos da imensa maioria da população. Alguns são lindos, outros são cinzas, outros são tristes, outros são feios. Mas cada um tem seu quê, que o faz diferente do outro, marcando o espaço com o que ele tem de bom ou ruim, dando…

Continuar lendo

O comitê da sardinha

D. João VI sorriu no seu caixão. Afinal, depois dele foi a primeira vez que alguém se preocupou seriamente com o problema da sardinha no Brasil. Ao contrário do que muita gente pensa, o rei português estava longe de ser um imbecil. Na longa história dos reis, poucos monarcas tiveram…

Continuar lendo

O Itamarati fechou

  O Restaurante Itamarati, um dos clássicos do Centro Velho, lugar com mais de meio século de histórias de todos os tipos, de uma simples visita para comer uma omelete a discussões filosóficas dramáticas, envolvendo nomes maiúsculos da vida brasileira, o restaurante não deu conta da crise e fechou as…

Continuar lendo

As espatódias querem sua vez

Quando eu era menino as espatódias se chamavam mija-mija. E eram apresentadas com este nome para gente tão importante quanto o prefeito de Paris, abismado com o tamanho da árvore e com suas flores vermelhas, cheias d’água, que serviam para fazer guerra entre as crianças que as apertavam com os…

Continuar lendo