O cavalo caramelo

A catástrofe do Rio Grande do Sul mostrou o ser humano como o ser humano é. De um lado, um monstro, de outro, um ser maravilhoso. Os saques, assaltos, furtos e ações de bandos de criminosos encheram o Brasil de vergonha. Nada que não aconteça no resto do mundo, mas…

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Praça José Vieira

[Crônica de 26 de julho de 2007] A dinâmica urbana capitaneada pela incompetência é no mínimo apavorante. Mas ela está aí, é uma força viva, e causa estragos de deixar o próximo de cabelo em pé, por conta das barbaridades que vão sendo feitas sem qualquer critério, exceto a incapacidade,…

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O condomínio

O simpático edifício aparece calmo e humano, em sua arquitetura de fins de 1940. Cercado por outros prédios mais altos, construídos em fins dos anos 1950, início de 1960, se destaca deles pela altura menor, pelo corpo mais quadrado e pelas amplas janelas que tomam toda a frente das salas….

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A polarização é imbecil

A polarização atingiu um tal patamar que até os atos absolutamente fora do nosso controle, os chamados “atos de Deus”, são atribuídos a um lado ou ao outro, dependendo de quem faz a acusação. Se o Brasil tivesse o sistema de proteção contra inundação da Holanda e acontecesse o que…

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O saque faz parte do quadro

Não tem nada de novo debaixo do sol. É estarrecedor, mas o saque faz parte do quadro. Em todas as grandes tragédias, uma das primeiras providências é preparar as forças de segurança para conterem os saques que se multiplicam e explicam por que muitas famílias preferem correr risco de vida…

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Dengue

Não existem duas dengues iguais, mas apenas semelhantes. A doença tem uma enorme capacidade de improvisação. Assim, tem gente que mal sente e gente que passa muito mal, com as mais variadas possibilidades entre os dois extremos. De qualquer jeito, na média, a dengue é uma doença cruel, que maltrata…

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Ficou feio

O mundo veio abaixo e entrou pelo Rio Grande do Sul com tudo. O estrago foi amplo, geral e irrestrito. Centenas de municípios gaúchos de repente estavam debaixo d´água. Não uma chuvinha de outono, mas tempestades avassaladoras, capazes de levar na enxurrada o que tinha pela frente. As cenas mostradas…

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As floradas menores

(Crônica de 6 de maio de 2003) O ano se divide em floradas maiores e floradas menores. Não por serem mais ou menos belas, mais ou menos esplendorosas, mas por terem mais ou menos árvores para florirem ao mesmo tempo. Entre as menores, temos as paineiras, que este ano saíram…

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As ruas mais escuras

(Crônica de 22 de novembro de 2007) É curioso acompanhar o processo, mas dependendo do bairro, algumas ruas vão ficando mais escuras, como se houvesse uma tentativa de recuperar as noites coloniais, quando a lua cheia era a melhor iluminação e a lua nova fazia alegria dos namorados. Não sei…

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Bananas

Eu gosto de banana. Tanto faz a banana, eu gosto de banana. Não sou um especialista daqueles que, a dez metros de distância, pelo cheiro da fruta, dizem que tipo de banana é. Não. Eu sou mais comedido, até porque, por causa da covid, eu pedi o olfato. Então, ainda…

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