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Imóveis tombados

Uma forma de preservar a nossa história pelas ruas de São Paulo

A cidade de São Paulo tem mais de 3.000 imóveis tombados, o que significa dizer que eles não podem ser destruídos ou descaracterizados. Eles são assim denominados pelo valor que eles têm, seja ele histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e até afetivo. Tanto que qualquer um de nós podemos entrar com um pedido de tombamento de um imóvel junto ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). E não apenas imóveis podem ser tombados como também bens móveis.

Conservar e preservar a nossa história faz parte da sociedade e muitas vezes isto se dá com o tombamento pelo patrimônio histórico na cidade. Exemplos não faltam, como o Theatro Municipal, o MASP, a Estação da Luz, o Cine Belas Artes, o Memorial da América Latina, a Casa das Rosas, a Pinacoteca e o Sesc Pompeia. Há também casas de vila e de rua que foram tombadas, exatamente para preservar as suas características originais.

E por vários bairros da cidade nós podemos nos deparar com estas construções, o que é uma viagem ao tempo, como é o caso do Bixiga, com a Casa da Dona Yayá, a Escola de Primeiras Letras, o Castelinho da Brigadeiro, o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro Oficina. Também curiosamente neste bairro, muitas casas mantém a fachada original e foram modernizadas internamente, o que não significa dizer que elas foram tombadas.

Há também bairros inteiros que foram tombados, como a área conhecida como City Lapa, ou parte deles, a exemplo do antigo município de Santa Amaro. O seu tombamento abrange o traçado viário, logradouros e elementos urbanos deste núcleo histórico. E como eu disse no início, bens móveis também podem ser tombados e um deles é o sino que anunciou a independência do Brasil e que pode ser visto na Igreja de São Geraldo.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.