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Dia das Crianças

Em um país que vive o fenômeno acentuado de envelhecimento da população

No próximo dia 12 é comemorado o Dia das Crianças, que coincide com o Dia de Nossa Senhora Aparecida. A data foi oficializada no Brasil em 1924, pelo então presidente da República, Artur Bernardes. No mundo, a Unicef instituiu o dia 20 de novembro como a data universal. E um fenômeno vivenciado nas economias mais desenvolvidas foi o envelhecimento da população e a queda da taxa de fecundidade. Por aqui, este processo tem sido muito mais acentuado e menos crianças estão nascendo

Na década de 1960, a taxa de fecundidade no Brasil era de 6,3 filhos por mulher, ela veio caindo ao longo dos anos até chegar a 1,7. Uma queda considerável, ao mesmo tempo em que a nossa população está mais longeva, tanto que de acordo com o IBGE, neste ano, a expectativa de vida ao nascer chegou a 80 anos para mulheres e de 73 anos para homens. Na década de 1960, ela não passava de 53 anos.

Vários fatores podem ser atribuídos ao aumento da longevidade, entre eles, o próprio avanço da medicina. Hoje, a população brasileira acima de 60 anos representa cerca de 14% do total, em 2043, representará mais de um quarto, enquanto a parcela de crianças de 0 a 9 anos será de 12,9% total. O nosso país está envelhecendo, ele não é mais considerado um país jovem.

E a baixa taxa de fecundidade, de 1,7, não é suficiente para a reposição populacional, que deveria ser de 2,2, segundo consta no relatório “Situação da população mundial”, realizado pela agência da ONU, a UNFPA (Fundo de Populações das Nações Unidas). Ao que tudo indica, o Dia das Crianças terá cada vez menos adeptos, a não ser que despertemos a criança que há dentro de nós, afinal, todos nós temos uma criança no nosso interior.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.