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Mais uma tentativa para a despoluição do Rio Pinheiros

Dando certo as licitações, isso acontecerá até 2022

A maior parte do problema da poluição do Rio Pinheiros está no saneamento, são cerca de 500 mil imóveis no entorno que não têm tratamento de esgoto e, consequentemente, ele é despejado no rio. Com a promessa de despoluição até 2022 e investimentos previstos de R$ 1,5 bilhão, a Sabesp estima que com isso, o tratamento de esgoto salte atualmente de um percentual de 55% para 94%. Porém, os investimentos dependem de licitações.

É desejo de todos nós moradores de São Paulo que o rio seja despoluído, a exemplo do que aconteceu com o Tâmisa, na Inglaterra, e com o Sena, na França. No passado, o Rio Pinheiros, ao longo dos seus 25 quilômetros de extensão, era um dos locais preferidos dos paulistanos para nadar, pescar e remar. Ao longo dos anos, ele foi ganhando uma carga de esgoto, o que tornou estas atividades impraticáveis.

Porém, mesmo com a despoluição, nós não poderemos ter contato com as águas, o ganho é que o rio deixará de ter mau cheiro, manterá a oxigenação e melhorará a salubridade do entorno. Mas, para que de fato isso seja uma realidade, é preciso que as licitações deem certo. Ao todo serão 14 pacotes propostos pelo Governo do Estado de São Paulo para chegar aos investimentos necessários de R$ 1,5 bilhão.

A torcida é que para dessa vez dê certo, pois governos anteriores já tentaram medidas similares, sem resultados. Além disso, também é preciso conscientizar a população, principalmente a de maior vulnerabilidade social, na recuperação dos cursos de água do entorno do Rio Pinheiros. E junto às obras de despoluição como a do Rio Tietê, até 2025, a expectativa é que a mancha de poluição seja reduzida em 92% ao longo dos Rios Pinheiro e Tietê.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.