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Paixão dos paulistanos

Durante a semana ou nos finais de semanas, as padarias fazem parte da rotina de quem vive em São Paulo

Café com leite ou pingado, capuccino, pão com manteiga, pão na chapa, seja qual for a escolha, as padarias são uma paixão do paulistano. Somente na capital, são mais de três mil que fabricam mais de 10 milhões de pães diariamente. Também por aqui, encontra-se padarias mais do que centenárias, como a Santa Tereza, fundada em 1872, no Centro Histórico de São Paulo; a Lucânia, hoje chamada de Italianinha, que data de 1896, na Bela Vista, e a Padaria 14 de Julho, de 1897, no Bixiga.

Curiosamente, do Brasil Imperial até a segunda metade do século XIX, a produção dos pães era feita com farinhas de milho e de mandioca. Com a vinda dos imigrantes europeus, caiu no gosto popular os pães feitos com a farinha de trigo, principalmente pelas mãos dos portugueses e italianos, que trouxeram essa tradição familiar.

Na época, eles assavam e vendiam grandes pães de fermentação natural em suas próprias residências e também utilizavam carroças para as entregas mais distantes. Já as padarias surgem na cidade a partir da segunda metade dos anos de 1800 e nos dias de hoje, nos deparamos com uma grande variedade de pães, formatos e sabores.

Algumas das padarias são consideradas boutiques de pães e aqui em São Paulo, a maior delas é a Cepam, localizada na Vila Prudente em uma área de 2.300 m². Lá, os funcionários costumam dizer que ela é a maior da América Latina.

Outra curiosidade é que as padarias ou panificadoras surgiram no início do império romano e o panificador se tornou uma profissão extremamente respeitada. Também naquela época, os pães estavam nas ocasiões mais importantes, como casamentos e festas, e a arte de panificação era muito famosa.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.