Arquivo de tags para "Crônicas da Cidade"
A pancada é mais embaixo
E os furacões decidiram mostrar que precisaremos criar o grau 6, que o grau 5 está no limite e que em pouco tempo estará ultrapassado. Não tem o que fazer, a escalada da natureza é muito mais poderosa do que nossas contramedidas para tentar contê-la. Não dá nem para o…
O Edgard entrou no céu
Todo mundo morre. Morrem humanos e não humanos, morrem deuses, morrem as lendas e todos são esquecidos. A morte mais triste é o esquecimento, mas dele, em algum momento, ninguém escapa. No cotidiano do mundo, morrem pessoas de todos os tipos, todos os dias. Tanto faz serem boas, não serem…
Restauro da Faculdade de Direito
[Crônica de 10 de novembro de 2009] A Faculdade de Direito da USP é, junto com a de Olinda, a escola de direito mais antiga do país. Fundada por decisão do imperador, em 1827, ela está instalada, até hoje, no mesmo local, no Largo de São Francisco. Não é mais…
Os periquitos
[Crônica de 24 de agosto de 2001] Se São Paulo não é uma cidade muito arborizada, impossível de ser comparada com as grandes cidades europeias, ela tem suas manchas de verdes, mesmo onde o cinza é a marca preponderante, e se estende quase contínuo por quilômetros e quilômetros, em direção…
Perspectivas
[Crônica de 28 de agosto de 2001] Dependendo do jeito como são vistas, as mesmas coisas aparecem de formas muito diferentes. Um outro ângulo, um olhar enviesado, uma luz difusa, o brilho do sol, são suficientes para mudar tudo, fazendo o que era deixar de ser, para se transformar na…
Tá na hora de fazer a lição de casa
O Brasil, os brasileiros e brasileiras não aguentam mais o ritmo da nossa navegação. A canoa acelerou e perdeu as estribeiras, está descendo corredeira na velocidade de lancha com motor para puxar sky. Eu sei, sky está fora de moda, o esporte hoje é outro, mas isso não invalida a…
As borboletas e as matas
[Crônica de 22 de junho de 2001] As borboletas amam as matas. É nelas que elas crescem, aprendem a voar e, depois, um belo dia, deixam a proteção das sombras densas para se aventurarem no ar claro do dia sob o sol, arriscando a vida, na sanha dos pássaros e…
Que saudade dos motores analógicos
Uma vez, pescando em Cananéia, o motor de popa do barco quebrou e meu pai e tio Ruy decidiram consertá-lo, até porque não tinha outra coisa para fazer. Era consertar ou ficar à deriva pelo canal. Tiraram a tampa e começaram a mexer, tiraram peças, olharam, assopraram, recolocaram tudo e…
O Museu do Ipiranga
[Crônica de 3 de junho de 2009] Eu tenho um carinho todo especial pelo Museu do Ipiranga. A razão é simples: ele foi o primeiro museu que eu fui. Ou pelo menos o primeiro que eu me lembro de ter ido. Menino ainda, minha mãe me levou lá mais de…
Vizinhos
No mundo, todos os vizinhos são problema, ou melhor, podem ser problema. Não é obrigatório que seja assim, mas invariavelmente uma comunidade pacífica, que vive em harmonia e respeita seus integrantes, de repente é chacoalhada com a chegada de um vizinho novo, que age fora dos parâmetros aceitos por todos…