Saudades de tio Ruy

Outro dia, zapeando a televisão, dei com uma cantora cantando “Don’t cry for me Argentina”, o sucesso do musical “Evita” que até hoje me comove, mas que fazia muito tempo que eu não escutava. Adoro a música desde a primeira vez que a ouvi, na metade da década de 1970….

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Saudades da cidade

Ah! que saudades da minha casa, na cidade que ao longo do ano eu xingo todos os dias, pelo menos na ida e na volta, pensando bem dos agentes da CET que infernizam a vida, mas que são muito menos ruins que o trailer do longo filme da viagem de…

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A espatódea da rua Atlântica

[Crônica do dia 15 de janeiro de 2003] Quando eu era menino, uma vez, na fazenda, durante uma visita ilustre, um meu tio disse para o convidado francês, fascinado com a árvore florida, que o nome da espatódea era “mijá-mijá”. Mija-mija era o nome que nós dávamos à árvore por…

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Futebol é coisa séria

Futebol é coisa séria, por isso deixei esta crônica para o começo de 2023. A derrota da seleção brasileira no Catar é muito mais visceral do que pode parecer. Tem “pré” e “pós” da maior gravidade, capazes de interferir no humor do país e modificar o óbvio, como se o…

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Gal Costa

Eu estive uma única vez com Gal Costa. Faz muito tempo. Foi em Olinda. Na época, ela atendia por Maria da Graça e era uma graça. Foi durante uma viagem incrível feita com o José Cássio para o Nordeste. Nosso amigo Dudu Pereira de Almeida estava morando em Olinda e,…

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O Pai do Armando

Em 1975, eu desci o rio Amazonas de barco, pegando carona nas margens. Fomos, o Rodrigo Mesquita e eu, de Benjamim Constant, na fronteira com a Colômbia, até Manaus, numa viagem maravilhosa, a maior parte dela no barco do Guaraná Baré, que trocava mantas de pirarucu por cerveja Antarctica e…

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O começo

[Crônica do dia 7 de julho de 2003] A primeira vez que São Paulo mudou de lugar foi logo depois de sua fundação, ninguém sabe exatamente de onde para onde, nem quando. Não que a última informação não fosse conhecida. Era, mas sumiram com as primeiras atas da Câmara de…

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Mitologia não é só história da carochinha

Tio Lula foi com certeza o homem mais forte que eu conheci. Era também, como costuma acontecer com gente com esta característica, uma das pessoas mais pacíficas e mais bem educadas de São Paulo. Falava baixo, era respeitoso, mas, acima de tudo, era muito inteligente e ainda por cima fazia…

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A morte de Paulino Rolim de Moura

[Crônica do dia 5 de julho de 2006] São Paulo acaba de perder uma de suas figuras mais curiosas. A morte de Paulino Rolim de Moura deixa a vida da cidade e a ordem dos cavaleiros andantes um pouco mais pobre. Homem extraordinário, sua paixão pela mulher de sua vida,…

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A passagem do tempo

[Crônica do dia 17 de setembro de 1997] O tempo passa. Passa de várias formas, a começar pelo giro da terra ao redor do sol, marcando os anos a cada trezentos e sessenta e cinco dias. Passa nos dias que passam, rápidos ou lentos, dependentes duma série de fatores que…

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