A nova farda da CET
Tenho visto alguns marronzinhos usando novos uniformes, com outras cores, possivelmente, na visão dos estilistas da companhia, mais dinâmicas, assertivas e aderentes aos uniformes dos super-heróis das histórias em quadrinhos, transformadas em filmes de ação.
Não é mais aquele marrom doente do fígado, cortado por barras amarelas, que deveriam parecer listas e dar charme ao conjunto. Não, agora a roupa é amarela e preta, como se o Zorro entrasse no século 21 metendo os dois pés na porta, disposto a disputar com quem quiser ser o dono do uniforme mais “da hora”, num claro desafio a Flash Gordon, ostentando o uniforme novo no lugar da antiga roupa que o fez famoso nos campos da Califórnia, de capa e máscara, o que infelizmente a CET não tem.
Quem sabe fosse interessante os bravos marronzinhos ganharem uma máscara contra gás mostarda para completar a indumentária de combate.
Alguém poderia objetar que não teria utilidade porque não usam gás mostarda em São Paulo. E a reposta seria que tem utilidade prática porque protege os pulmões dos gases venenosos emitidos pelos veículos de todos os tipos que circulam pela cidade.
Além disso, com a máscara, os bravos heróis bissextos ficariam parecidos com saúvas gigantes saídas dos filmes B de ficção científica e isso teria um efeito “empoderador” tremendo.
Muitos motoristas, ao vê-los, entrariam em pânico, reduziriam a velocidade e causariam acidentes menores. Mas outros simplesmente desembestariam, pisariam no acelerador e cruzariam os radares em excesso de velocidade, propiciando a emissão de mais multas.
Seja como for, o novo uniforme é no mínimo tão feio quanto o anterior. Ainda bem que não vemos muitos marronzinhos nas ruas da cidade.
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