Soluções brasileiras
Depois da inestimável contribuição do Governo Federal ao combate internacional da pandemia, mostrando as vantagens do uso da cloroquina com vermífugo e ozônio, mais uma vez o governo entra em cena e promete as vacinas para antes do prazo dos próprios laboratórios.
Este é o noticiário oficial, porque o extraoficial é muito mais extenso e, não fosse a humildade inata do brasileiro, mostraria fatos inacreditáveis e que vão moldando a nossa sociedade ao convívio com a covid19.
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Neste momento, as forças nacionais se dividem em três grandes grupos, a saber: o primeiro, o dos que têm certeza de que o vírus é uma invenção da imprensa comunista para fazer os laboratórios ganharem mais dinheiro.
A segunda se baseia na certeza de que o verão matará o vírus como se, num passe de mágica, o sol destruísse o coronavírus com a mesma competência que atua sobre os vampiros.
Quem duvida é só observar que os países com muito sol não têm vampiros. Podem ter mula sem cabeça, lobisomem, Saci, Yara, político corrupto, mas não têm vampiros. Os vampiros pululam nos países frios e escuros, tanto que ninguém ouviu falar em vampiro brasileiro.
E a terceira, a que está revolucionando o conhecimento do vírus no mundo, é a descoberta que o coronavírus não entra no corpo humano nem pela boca, nem pelo nariz, mas pelo queixo.
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Não é por outra razão que milhares e milhares de pessoas usam suas máscaras tapando o queixo e não a boca e o nariz. A boca e o nariz não têm a menor importância. São tão à prova de vírus quanto os ouvidos e o umbigo. O grande perigo é o queixo. É por lá que os agressores entram e, se o paciente não tiver tomado um coquetel de cloroquina com vermífugo e aplicado ozônio pela entrada apropriada, a contaminação é certa.
Já quem duvida, ou segue as orientações da ciência, é subversivo.
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