A terceira certeza

Desde que a humanidade desceu das árvores e se estruturou em sociedade organizada, nós temos duas certezas absolutas: a primeira é que vamos morrer e, a segunda, é que vamos pagar impostos enquanto estivermos vivos. Todas as demais certezas são quase certezas, que normalmente terminam com final melancólico. Não é…

Continuar lendo

Galeria Prestes Maia

[Crônica de 15 de dezembro de 1997] O centro da cidade tem entre os seus segredos alguns tesouros que são pouco conhecidos ou nos quais quase ninguém presta muita atenção. São prédios, vistas, cantos, praças, passagens, mais ou menos escondidos e que pela pressa da vida moderna acabam mal sendo…

Continuar lendo

O abandono e a decadência do cemitério

O Cemitério da Consolação é o primeiro cemitério da cidade. Com participação direta da Marquesa de Santos, que doou o terreno, o local foi aberto no século 19 e até hoje recebe e dá paz aos seus mortos. Entre os túmulos existem verdadeira obras de arte. Esculturas de alguns dos…

Continuar lendo

Pernilongos, mosquitos, piuns e muriçocas

São Paulo foi tomada de assalto por uma onda de pernilongos apoiados por uma horda de outras moscas e mosquitos, como as mutucas e os “polvrinhas”. São milhões de objetos voadores claramente identificados, todos desesperados para sugar sangue – o seu sangue, tratado com tanto cuidado, à base de trufas…

Continuar lendo

O urubu da vitória

[Crônica de 8 de outubro de 1999] Deixei passar bastante tempo de propósito. Existem assuntos que não podem ser tratados em cima da hora, no momento em que os fatos ocorrem, sob o risco da análise ficar distorcida, levando a uma conclusão errada. O caso em tela, pela sua delicadeza,…

Continuar lendo

Cenas de terror

A imagem da enxurrada correndo pelas ruas das cidades atingidas pelas tempestades de verão é apavorante. Coisa de filme de terror ou filme catástrofe, daqueles que o terremoto se soma ao tsunami e só alguém como Arnold Schwarzenegger consegue colocar ordem, assim mesmo, só no fim, depois de ter engolido…

Continuar lendo

O Ipê caiu

O grande ipê da Rua Kansas caiu. Veio abaixo trazendo fiação e poste, interditando a rua, mas sem causar maiores danos aos moradores do pedaço. Com exceção de um carro estacionado na rua, que ele atingiu o capô, o ipê da Rua Kansas caiu como se tivesse um carinho especial…

Continuar lendo

Seicentos mil casos de dengue

Começamos o ano com o pé errado, seja ele qual for, o direito ou o esquerdo. Como canhoto, não me conformo com a expressão “começou com o pé direito”. Por que o pé direito é mais certo do que o pé esquerdo? Gostaria de lembrar que Pelé, o maior entre…

Continuar lendo

A ponte estaiada

[Crônica de 20 de maio de 2008] São Paulo tem cartão postal novo. E bonito. Não há como dizer que a Ponte Estaiada não é bonita. Ela é. E com sua altura, pode ser vista de longe, servindo de marco numa cidade onde os marcos não primam pela beleza. Que…

Continuar lendo

As espatódeas também dão flores

[Crônica de 15 de fevereiro de 2002] A exuberância das azaleias é uma coisa única. A forma como florescem, enchendo sua copa com o roxo, o rosa ou o branco de suas flores é deslumbrante e faz a cidade se transformar numa imensa festa, onde quem sai ganhando é a…

Continuar lendo