A natureza sacode a casca
De tempos em tempos o planeta dá uns espirros mais ou menos fortes. Terremotos, tsunamis e vulcões entram em ação e causam danos mais ou menos sérios em regiões mais ou menos habitadas.
Nos últimos anos temos vivido a experiência desafiadora das mudanças climáticas, integralmente inseridas nos movimentos do planeta, e que invariavelmente nos atingem e causam danos.
Tem quem diga que é Deus mostrando que quem manda é ele, meio que na linha da Torre de Babel e seu impacto no desenvolvimento humano.
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Há os que digam que é tudo coisa do demo e que estamos condenados porque ele ganhou a batalha final, destruindo arcanjos e anjos, pela falta de apoio do ser humano às hostes do Senhor.
As explicações são quase infinitas e dependem da posição sócio política de quem as externa. Uma das mais em moda é que o ser humano é responsável por tudo, porque criou o efeito estufa.
A natureza também tem suas manias e de tempos em tempos entra em cena para por ordem no planeta, criando ou destruindo, conforme o momento e seu ponto de vista, que nem sempre é o nosso.
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É assim que pestes, pragas, secas, inundações, guerras e outras catástrofes naturais ou fabricadas nos atingem, por ação ou omissão, sem que tenhamos como fugir porque também somos filhos da natureza e estamos no seu caminho, apesar de às vezes, nos esquecermos disto.
Em certos momentos nos achamos deuses. Não somos. E para nos lembrar disso a natureza exerce seu poder moderador, invariavelmente cobrando a conta em vidas humanas. A pandemia do coronavírus é um desses movimentos. Vai continuar até a hora que tiver que acabar e tudo que podemos fazer é tentar minimizar seus estragos.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.