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Que vergonha do nosso futebol

 

Que vergonha, que vergonha! Vergonha para mudar de canal e assistir desenho animado porque o futebol brasileiro, tanto faz o time ou o jogo, é uma vergonha quando comparado com o que acontece na Europa.

Quem assistiu Bayer de Munique contra o Paris Saint Germain teve o privilégio de ver um jogão de futebol.

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Jogão com J maiúsculo, jogo de gente grande, de quem leva o que faz a sério. Os alemães ganharam e pelo segundo tempo mereceram ganhar, para não falar na campanha impecável, com onze vitórias em onze jogos.

O PSG teve quatro chances no primeiro tempo e não marcou porque o deus do futebol não quis. Jogou como time campeão e justificou com sobra ter chegado no final da Champions League.

Até aí, tudo bem. Ninguém esperava um jogo de várzea na final do campeonato mais importante do mundo e, justiça seja feita, os brasileiros que jogaram pelos dois times deram show de bola e mostraram porque estavam lá, entre os melhores dos melhores.

Onde deixou de ficar tudo bem foi na sequência mudar de canal para assistir São Paulo contra o Sport. As imagens falaram por si e explicaram com enorme clareza porque o Brasil deixou de ser o Brasil para virar um timinho no mundo do futebol.

Jogo de várzea é mais emocionante, tem mais garra, empenho, amor à camisa e até futebol. O que São Paulo e Sport fizeram, depois de Bayer e PSG, foi uma vergonha de envergonhar o torcedor mais fanático.

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Eu sou são-paulino da vida inteira e, confesso, não assisti até o fim. Não deu. Faltou futebol, garra, amor à camisa. E o retrato do jogo serve para todos os times nacionais. Nosso futebol perdeu a beleza, a magia, a capacidade de criar. Quem viu a seleção de 70 e os brasileiros do Bayer e do PSG, só pode sentir vergonha dos jogos do Campeonato Nacional.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.