O melhor sanduíche

Em época de pandemia, sair de casa é complicado, ou pelo menos foi, até liberar geral e uma multidão correr para a rua, sem medo e sem vergonha, convencida de que o coronavírus foi fazer turismo no Nepal.

Não foi. Segue firme e forte, matando sua cota diária, e o fato dos números serem menores não quer dizer que estamos a salvo.

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Mas se as pessoas começaram a sair, ainda tem gente cautelosa, tomando os cuidados para evitar o vírus. Não vão à praia, não se aglomeram nos botequins da vida, não dançam sem máscara nos pancadões. Saem, mas saem com as precauções aconselhadas pelas autoridades.

Neste cenário, sonhar com comida dá água na boca. Faz ter vontade de meter o pé na porta, jogar a máscara fora e cair no mundo, atrás do melhor restaurante da cidade, seja lá o que isso quer dizer, até porque tem quem goste de quiabo e tem quem não goste de quiabo.

O fato é que, de vez em quando, vem aquela vontade de comer um sanduíche, um misto quente, um hamburger, um sanduíche natural e aí é um deus nos acuda.

Cada um sabe de si, do que gosta e do que não gosta. Eu não sou dono da verdade, muito menos quando o assunto é comida, e tem gente que gosta de nhoque. Não é possível se gostar de nhoque porque nhoque é “fake news”. Nhoque não existe, então não tem como gostar de nhoque.

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Já um belo sanduíche de mortadela com queijo, no pão francês, faz toda a diferença. É manjar pra deus nenhum colocar defeito. Tem quem vai dizer que com presunto é melhor, não discuto. Aceito e concordo, tem dias que um bom misto quente é imbatível, como tem dias que um queijo quente é o passaporte para o paraíso. Cada um sabe do que gosta. Por isso, em época de pandemia, sonhar com o que é bom faz toda a diferença. E se tiver como pedir pelo delivery, melhor ainda.

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