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A volta da CET, ou não

Com o abrandamento das restrições por causa da pandemia do coronavírus, o trânsito da cidade voltou rapidamente ao seu normal. Os tradicionais e complicados nós que fecham as ruas para quem vai e para quem vem, tanto faz se na mão ou contramão, estão de novo em quase todas as esquinas e o jeito é entregar a alma a Deus porque o corpo o Diabo já levou. Você fica parado, sem chance de mudar de faixa, sem poder ir para frente, sem poder dar macha-ré, sem alternativa a não ser rezar para não ser assaltado.

A última moda são os assaltos para roubar o celular de dentro do carro. O cidadão chega com uma pedra na mão, estoura a janela e, antes que você perceba, leva o celular instalado no suporte preso no vidro. A ação é fulminante e rápida. Antes de você se recuperar do susto, o meliante já se mandou, meteu o pé na rua, fugindo por entre os carros parados.

Mas a volta do trânsito e dos congestionamentos sem solução trouxe também uma discussão que vai ganhado corpo, sem que, até agora, se tenha uma conclusão definitiva a respeito do assunto.

A grande pergunta que ainda não tem resposta é se a CET voltou ou não. Tem quem ache que sim, tem que tenha visto marronzinhos multando, ninguém os viu tentando colocar ordem no trânsito, outros acham que a coisa está pior justamente porque os marronzinhos voltaram e por aí vai, numa falação sem fim e sem resposta.

Uma das grandes virtudes da democracia é cada um poder achar o que quiser, protegido pela Constituição. que garante a liberdade de pensamento.

O assunto vai longe, mas, no intuito de contribuir com a discussão, gostaria de dizer que os marronzinhos provavelmente voltaram e que eles não serem vistos não quer dizer nada. É nova tática para incentivar o caos.

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.