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Mais de 600 mil mortos e contando

O Brasil ultrapassou a apavorante marca de seiscentas mil mortes por covid19. Estamos entre os campeões mundiais. Se não somos mais a antiga potência do futebol, somos uma potência no número de mortos pelo coronavírus, o que nos mantém com destaque na lista dos países que fizeram tudo errado no combate à pandemia.

Atingimos e já passamos seiscentas mil mortes, com a média de 400 mortos por dia. Agora estamos um pouco mais à frente e com boas chances de chegar em seiscentos e trinta mil até o final do ano.

É verdade, a maioria da população recebeu a primeira dose da vacina, mas é aí que mora o problema. A primeira dose não é suficiente, a imunização acontece apenas depois da segunda dose. E neste capítulo não estamos tão bem. Apesar da vacinação ter começado no início do ano, nos aproximamos dos 50% imunizados, o que nos deixa vulneráveis a novas variantes que ainda podem causar estragos na população.

Estamos retomando a vida normal e ela é mais do que bem-vinda. Depois de um ano e meio de reclusão, de restrições de todas as ordens, de cansaço mental, poder sair, ver gente, é o melhor dos mundos, a promessa do gênio do Aladim.

Mas não podemos esquecer que temos uma média próxima de 400 mortos por dia e que isso quer dizer 140 mil mortos por ano. É muito alto, é mais de quatro vezes o número de mortos no trânsito.

As barreiras de ingresso que proibiam os brasileiros de viajar estão caindo e é ótimo saber que podemos circular de novo, que voltamos a fazer parte do concerto das nações, que somos iguais aos outros.

Mas as notícias boas não podem esconder a realidade: a pandemia não acabou e, embora poucos se toquem, continuamos a conviver com 400 mortos por dia. Lembre-se disso. Não baixe a guarda.

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.