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Vacinação infantil

Tem gente que não toma a vacina contra o coronavírus pelas mais variadas razões, todas, essencialmente, sem pé nem cabeça. Da mesma forma que vermífugo não combate a covid19, a vacina protege contra ela. Mas tem quem acha que não… Então não. Ok, vamos em frente que atrás vem gente.

Eu tomei vacina contra paralisia infantil, contra varíola, contra sarampo e todas as outras que se aplicavam nas crianças de mais de meio século atrás. Também tomei vacina antitetânica, contra febre amarela, meningite, fora as que não me lembro.

Se eu tomei todas elas e sempre acreditei no seu efeito, não há razão lógica para não me vacinar contra o coronavírus. Tomei as quatro doses e, se vierem mais vinte e cinco, vou continuar tomando.

Como diria o caipira, a covid19 é uma doença tinhosa. Eu sei porque tive antes de aparecer a vacina e há mais de um ano e meio não tenho olfato.

Ainda bem que eu só perdi o olfato. Quase setecentos mil brasileiros perderam a vida e outros milhares têm sequelas mais sérias do que a minha.

A boa notícia é que a ANVISA liberou a aplicação da Coronavac em crianças com mais de três anos de idade.

Com ela, o vírus ficará mais escanteado, mais pessoas serão imunizadas e menos pessoas serão contaminadas. É para comemorar, ainda mais num momento em que a doença volta, com novas cepas e menos notificações.

Um dos problemas do autoteste é que as pessoas não notificam os casos positivos. Então os números são piores do que os oficiais. Com a vacinação das crianças a partir de três anos, os efeitos dessa distorção serão minimizados e isto é muito bom. Até para quem não quer se vacinar.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.