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Um parque elevado

O novo destino de uma polêmica obra chamada de Minhocão

Um dos projetos mais polêmicos da cidade de São Paulo foi a construção do
Elevado Costa e Silva, atual Elevado Presidente João Goulart, popularmente conhecido como Minhocão. Ligando o eixo leste-oeste, com 3,4 quilômetros de extensão de puro concreto, ele contribuiu para a degradação da região por onde passa e, consequentemente, para a rápida desvalorização de milhares de imóveis ao seu redor. Por anos, discutiu-se qual seria o seu destino e ao que tudo indica, ele se tornará um parque.

Nos anos áureos da região central de São Paulo, a Praça Marechal Deodoro tinha todo o seu charme com um belo projeto urbanístico. O mesmo acontecia com a avenida São João e com a rua Amaral Gurgel. Quem viveu nesta época sabe bem o que eu estou falando. Até que um projeto comprometeu a realidade e esta região de São Paulo ficou à mercê da degradação.

Estamos falando do Minhocão, inaugurado em 1971, um projeto que resolveu alguns problemas de trânsito, mas que nunca teve a sua eficiência comprovada. Desde a sua inauguração ele é assunto de várias discussões e, atualmente, ele tem restrições nos horários de circulação de veículos por conta do barulho.

Apesar de desde 1995 ele ser fechado aos domingos, tornando-se uma passarela de lazer, não há muito o que fazer por lá, além de caminhar ou andar de bicicleta em meio ao asfalto e ao concreto.

Não sei se você sabe, mas o destino do Minhocão já é discutido há anos, vários projetos foram apresentados à prefeitura, mas sem sucesso. Até que se chegou a um consenso. O Plano Diretor de 2016 finalmente tratou de sua desativação, porém, não ficou definido o que seria feito com a sua estrutura. Derrubá-lo seria um caminho, mas a gestão atual decidiu por transformá-lo em um parque.

Pelo projeto, serão três fases: acessibilidade e segurança, construção do parque e o Plano de Intervenção Urbana (PIU) da região. Esta última fase inclui uma avaliação de como será a sequência do parque depois do fim do Minhocão. Também faz parte do projeto elevadores e o acesso a prédios comerciais em seu entorno, que oferecerão bares e restaurantes. Mais diversão para nós!

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Particularmente, eu acho que o novo parque deveria ligar o Largo do Arouche e a Praça da República ao Parque Dr. Fernando Costa, conhecido como Parque da Água Branca. Assim, teremos um cinturão verde que dará uma nova vitalidade para a região e um espaço muito maior para todos nós desfrutarmos. Mais um parque para a cidade!

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.