O poder do pudim de pão

É impressionante, mas o poder do pudim de pão, mesmo numa cidade como São Paulo, vai muito além do razoável. Só quem comeu pudim de pão na infância entende o que eu quero dizer. Para quem não teve esta sorte, a comparação pode ser feita com quase tudo, menos nhoque,…

Continuar lendo

Recordações

Tem coisas que nos lembram sempre uma outra época em que a vida era melhor. É gozado como o passado, depois de um tempo, fica sempre melhor. Gozado, mas lógico, porque a memória tem o dom de esquecer o muito ruim, ou o muito doído, preservando apenas, ou pelo menos…

Continuar lendo

As terras das ordens mais antigas

Quem olha o Centro Velho de São Paulo nota que as ordens religiosas ocupam os melhores espaços. A razão para isso é simples: elas chegaram cedo e requisitaram as terras onde se instalaram quando a cidade era menos que uma currutela e a população muito religiosa. Os primeiros foram os…

Continuar lendo

Saudades

A lua cheia brilhava como há muitos anos eu não via. A estrada prateada cortando o mar me lembrou meus tempos de menino, quando tinha tempo para ver a lua, sem pressa, solta pelo céu, manchando as águas do mar, numa viagem de sonho, para além do país dos sonhos,…

Continuar lendo

Saudades do Capitão Molinari

  Foi em 1971. Eu e mais quarenta e nove alunos cursamos Artilharia no CPOR de São Paulo. Foi um ano mágico, que até hoje está vivo nas nossas lembranças e na amizade que nos uniu e permanece sólida, tanto que, em época sem pandemia, sempre foi reforçada em encontros…

Continuar lendo

Cheiros

O cheiro de pão quente tem alguma coisa de volta a infância, de lúdico, de encontro com as avós anos depois delas terem morrido, como se estivessem vivas e te abraçando, da forma como te abraçavam nas manhãs frias das férias de inverno. O cheiro de grama cortada fala da…

Continuar lendo

Pink Floyd no morro e no mar

  Faz muito tempo, meio século, mas a lembrança é nítida, de se sentir o calor do dia na pele e a luminosidade do sol nos olhos. Saímos de Guarujá no Verdinho, meu Opala 2500 Especial, de manhã bem cedo. O destino era a praia da Barra do Sahy e…

Continuar lendo

Cadê os nomes do passado?

Um país é feito lentamente ao longo do tempo, como os elos entrelaçados de uma corrente que se estende comprida, desde uma ponta até a outra, ininterruptamente, pelos séculos que separam o mais remoto começo dos dias de hoje. Mas se um país é feito e depois demarcado pelas fronteiras…

Continuar lendo

Verão de 1971

  O verão de 1971 foi um verão especial. Em janeiro, ao entrar na faculdade, ganhei meu primeiro carro, um Opala Especial, 2500, verde amazonas, rapidamente batizado de Verdinho, equipado com pneus de Dodge Dart e que tinha um som raro para a época. Apenas mais um carro em São…

Continuar lendo

Nó de gravata

Cada vez mais eu uso menos gravata. Depois de décadas submetido ao martírio infernal de uma coleira de pano presa no pescoço, cheguei naquele ponto em que é possível deixar a tortura de lado, para andar mais à vontade, especialmente dentro do escritório. É evidente que não tem jeito de…

Continuar lendo