Será que é mesmo assim?

Invariavelmente, o passado é mais gostoso e mais bonito. Mas será que é mesmo assim? Uma vez, numa dessas sessões de nostalgia, com gente escrevendo isso e mais aquilo para mostrar como na nossa juventude era mais alegre e mais feliz, minha prima Maiá escreveu: “Vocês estão esquecendo as tristezas…

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O frio das trincheiras

[Crônica de 2 de agosto de 2013] Este inverno, em alguns dias, tem feito frio de matar passarinho no galho. Frio de gente grande, de deixar as montanhas de Santa Catarina com jeito de Alpes e as ruas de São Paulo com alguma coisa de Hamburgo. Mexendo nos meus guardados,…

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Carta

[Crônica de 7 de outubro de 1998] Faz tempo que não lhe escrevo, mas as mudanças não são tão grandes que você não reconheça a casa, ou o lugar. Tirando um comitê eleitoral montado no prédio da esquina, que serviu para a pitangueira da rua fazer greve e adiar a…

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O sumiço da pamonha

Não se ouve mais com a mesma frequência o grito de “pamonha, pamonha, pamonha de Piracicaba”, como se ouvia alguns anos atrás. A dúvida é enorme. Pode ter duas variáveis principais para mostrar a verdade. A primeira, e mais simples: o mercado para pamonhas encolheu e não compensa mais sair…

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Orquestra Sinfônica Heliópolis

[Crônica de 03 de dezembro 2013] Dia 3 de novembro passado tive uma das tardes de domingo mais gostosas do ano. Fui, a convite do meu amigo José Pastore, assistir a Orquestra Sinfônica Heliópolis tocar na Sala São Paulo. Ser amigo do José Pastore tem inúmeras vantagens. A primeira é…

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Jair Rodrigues

[Crônica do dia 10 de maio de 2014] Ontem ouvi um CD que gravei logo depois que meu pai morreu, com as músicas que ele gostava. A primeira é Disparada. Ele adorava a música, a interpretação do Jair Rodrigues e o som da queixada de burro. Disparada dividiu o primeiro…

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Três instituições comuns

A história da humanidade é feita de uma longa cadeia de fatos que se entrelaçam, criando momentos de toda as naturezas, responsáveis pela caminhada do ser humano sobre o planeta, desde seu primeiro momento perdido nas brumas das eras até o segundo presente, que se repete incessantemente e, cada vez…

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O Museu da memória

Alguns museus são fundamentais não porque tenham Monas Lisas, ou Davis, mas porque mostram o outro lado do ser humano, o lado escuro, opaco, cruel e sanguinário, que nos diferencia dos demais animais e nos coloca num lugar especial, pela bestialidade gratuita com que atacamos, ferimos e matamos nossos semelhantes….

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Boa viagem, Cau

O Cau morreu. Meu amigo Cau Pimentel saiu dessa vida e foi alegrar o Paraíso com seu jeito especial de ser, sua bondade, seu talento para amizade, sua música e sua enorme capacidade de ser doce. A melhor definição do Cau é essa: ele era doce. Doce na forma de…

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A cor do paraíso

[Crônica do dia 5 de março de 1999] Quem passou pela Via Anchieta na quarta-feira de cinzas durante o dia, no trecho que vai do alto da serra até a represa, tem que ter ficado maravilhado. Não havia como não maravilhar-se diante do espetáculo deslumbrante das cores margeando a estrada,…

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