Espatódias e resedás

As quaresmeiras ainda estão esquentando as turbinas para entrarem em cena com a violência de sempre. Estouram a boca do balão, chegam como quem sabe que são donas do pedaço, sem olhar para o lado, porque, até a florada dos ipês, ninguém pode com elas. E, mesmo eles, o jogo…

Continuar lendo

A colaboração dos cupins

[Crônica do dia 6 de março de 1998] Ao longo das últimas semanas, seja por causa da chuva, seja por causa do vento, a cidade vem assistindo impotente e aterrorizada, a uma sequência impressionante de quedas de árvores. São árvores de todos os tipos, tamanhos e origens, que caem uma…

Continuar lendo

Holocaustos

Tem gente que diz que nunca aconteceu. Não é verdade, aconteceu e foi terrível. Mais de seis milhões de judeus foram deliberadamente mortos com requintes de crueldade pelos nazistas, a grande maioria entre 1937 e 1945. Mas não foram somente judeus que foram mortos pela fúria bestial dos seguidores de…

Continuar lendo

Museu do futebol

[Crônica do dia 3 de fevereiro de 2009] Depois da maravilha do Museu da Língua Portuguesa, o deslumbramento do Museu do Futebol. Eu não conhecia o Museu do Futebol. Apesar de ficar dentro do Estádio do Pacaembu, a menos de um quilometro de meu escritório, eu nunca tinha ido até…

Continuar lendo

Pelé na Alemanha Ocidental

Faz tempo que não tem mais. A unificação alemã aconteceu logo depois da queda do Muro de Berlim, em 1989. Mas antes tinha, tinha a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã. A Alemanha Ocidental, democrata, e a Alemanha Oriental, comunista, e, para separar uma da outra, os…

Continuar lendo

As flores de plástico

[Crônica do dia 23 de agosto de 2010] As flores de plástico não morrem. A frase está escrita no muro do Cemitério São Paulo. É verdade, as flores de plástico não morrem, mas, como as flores de verdade, também envelhecem, perdem a cor, se tornam quebradiças e são jogadas fora,…

Continuar lendo

Saudades de tio Ruy

Outro dia, zapeando a televisão, dei com uma cantora cantando “Don’t cry for me Argentina”, o sucesso do musical “Evita” que até hoje me comove, mas que fazia muito tempo que eu não escutava. Adoro a música desde a primeira vez que a ouvi, na metade da década de 1970….

Continuar lendo

Saudades da cidade

Ah! que saudades da minha casa, na cidade que ao longo do ano eu xingo todos os dias, pelo menos na ida e na volta, pensando bem dos agentes da CET que infernizam a vida, mas que são muito menos ruins que o trailer do longo filme da viagem de…

Continuar lendo

A espatódea da rua Atlântica

[Crônica do dia 15 de janeiro de 2003] Quando eu era menino, uma vez, na fazenda, durante uma visita ilustre, um meu tio disse para o convidado francês, fascinado com a árvore florida, que o nome da espatódea era “mijá-mijá”. Mija-mija era o nome que nós dávamos à árvore por…

Continuar lendo

Futebol é coisa séria

Futebol é coisa séria, por isso deixei esta crônica para o começo de 2023. A derrota da seleção brasileira no Catar é muito mais visceral do que pode parecer. Tem “pré” e “pós” da maior gravidade, capazes de interferir no humor do país e modificar o óbvio, como se o…

Continuar lendo