Um dado apavorante
As eleições correram no rumo certo, com os candidatos escolhidos democraticamente, sem qualquer vislumbre de fraude ou procedimento indecoroso contra a democracia.
No dia 15 passado, os brasileiros deram mais uma demonstração de que somos um povo democrata, acreditamos nos valores da Constituição e queremos um país mais justo e mais igual.
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Os resultados das urnas falam por si. Tanto os ex-donos do poder, como o atual foram em grande parte rejeitados pelo eleitorado. Não deram pra saída e isso é muito bom porque mostra que o Brasil não quer extemos, nem de um lado, nem de outro, até porque os extremos, tanto faz o lado, são muito parecidos e não acrescentam nada de bom.
A diferença entre Hitler e Stalin é que Stalin matou mais soviéticos do que Hitler matou alemães, ou quase, porque, se considerarmos os mortos na segunda guerra mundial, a conta fica parelha. São mais de vinte milhões de pessoas cada um.
Nós não queremos isso, não queremos o Trump, não querermos trumpistas, nem demagogos, demiurgos ou populistas.
O Brasil quer paz e tranquilidade para sair do buraco, recomeçar com o mínimo de danos e tentar reduzir as desigualdades que ficaram ainda maiores por causa da pandemia.
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É aí que aparece um número apavorante. Um número que tem diversas explicações, nenhuma encorajadora.
A soma dos votos em branco com os votos nulos e as abstenções, em São Paulo, atingiu perto de cinquenta por cento do eleitorado.
Quer dizer, os candidatos mais votados não tiveram a taxa de aprovação que aparece no resultado das urnas, mas apenas a metade. Quando isso acontece tem algo errado. Nós temos que descobrir o que é.
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