Registros escritos por Antonio Penteado Mendonça
Nós estamos todos loucos
A cada dia que passa eu me convenço que nós estamos todos loucos e que não há exceções para confirmar a regra. A regra é ampla geral e irrestrita, admitindo apenas variações nas formas e graus de loucura; no mais, vivemos numa enorme democracia, onde a demência é o ponto…
Chegada
Tua chegada tem algo de mágico, de alquimia antiga, de presságio. Algo que fala à alma e mexe com o corpo, abrindo os olhos para realidades além da realidade. Vens como brisa, leve como o fremir da asa de um beija-flor, arrepio que eu pressinto nascendo na base das costas…
A estupidez humana é infinita
Desde o começo dos tempos, não há nada mais antigo e recorrente do que as guerras, a escravidão e a prostituição. Quem quiser um amplo resumo dos primórdios da história humana, o Velho Testamento dá exemplos de todos as formas de guerras, prostituição e escravidão, inclusive narrando em detalhes a…
Velhinha e o mar
Desde que o mundo é mundo, ou melhor, desde que o ser humano saiu das águas e na longa evolução das espécies aprendeu a andar de pé, que a saudade atávica de um passado nem vagamente imaginado o atrai com a força dum imã de volta para o mar. Dentro…
Mãos de fada
De vez em quando, o corpo bate pino e temos que fazer uma revisão, dar uma guaribada para recolocar a catravanca na posição correta e impedir o choque térmico na berimbela. O problema nem sempre é o pompomgalho no girosplik, mas é bom dar uma olhada, especialmente quando o corpo…
Uma guerra sem sentido
Mas não para Vladimir Putin, que governa a Rússia desde 1999 no sistema autocrata. Para muitos, ele é visto como um ditador Depois de todo o sofrimento que o mundo vivenciou com as guerras que dizimaram milhares de vítimas no século passado, incluindo as duas grandes guerras mundiais, e neste…
Carnaval sem carnaval
É carnaval, mas não tem carnaval. Este ano, a quarta-feira-de-cinzas não vai cobrar seu preço na ressaca monstra, no caminho perdido, no endereço fora de contexto, no banco de praça enquanto amanhece e a vida reencontra o ritmo de sua rotina. Este ano é diferente. O carnaval é carnaval, mas…
O jogo de poder
Poder, poder… Poder voar! Sair do chão sem avião ou asa-delta, erguer-se bem alto e ver o mundo do alto, pequeno como uma cidade de bonecas, onde a correria da vida passa como num filme, distantemente amiga, despertando sensações ternas que trazem lágrimas aos olhos. Poder voar, sair da vida…
As chuvas de verão não têm pena de nós
As chuvas de verão estão visitando o Brasil como fazem desde o início dos tempos, ou pelo menos desde a era colonial, quando era proibido construir nas várzeas em volta da Vila de São Paulo por causa dos mosquitos que se multiplicavam e transmitiam doenças depois das enchentes do começo…
A história dos pastéis nas feiras livres
Demorou para que as barracas fossem liberadas. Um dos argumentos foi a segurança Na cidade de São Paulo, as feiras livres foram institucionalizadas no ano de 1914, pelas mãos do prefeito Washington Luiz P. de Souza. Antes disso, elas já existiam em alguns pontos da cidade, porém de maneira informal….