As cerejeiras paulistanas

Eu não conheço o Japão. Por isso nunca vi as cerejeiras do monte Fuji. Aliás, por isso, nem sei se o monte Fuji tem cerejeiras. Mas eu gosto de pensar que tem e que elas são as mais bonitas de todas, inclusive do que as cerejeiras de Washington que são…

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Ainda uma vez o centro velho

Eu sou apaixonado pelo centro velho de São Paulo. Mesmo deteriorado, eu gosto daquele pedaço da cidade. Eu me habituei com ele no começo dos anos 70, quando entrei na Faculdade de Direito e, daí pra frente, por prazer ou por dever profissional, nunca mais deixei de cruzar suas ruas,…

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Redundância

Dizer que eu amo as flores é reforçar o que eu digo desde outubro de 1992, quando comecei escrever as “Crônicas da Cidade” e leva-las ao ar pela rádio Eldorado. Mais que isso, é voltar no tempo, para a época em que me metia no mato da fazenda e ficava…

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Pela rua

  Ela seguia alegre, fazendo festa para ela mesma, brincando com uma sacola de feira, com os pacotes saindo por cima. Era de manhã cedo. Um friozinho passava na brisa que corria pelo vale do rio. A vida dela era dela e não interessava a ninguém, nem ela estava preocupada….

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Coisas boas que aconteceram em 2020

Em meio a tantas incertezas, sempre tem o lado bom de tudo 2020 ficará para a história. Tudo indicava que o ano começaria de forma tranquila, próspera e que muitos projetos e sonhos seriam realizados. A partir de fevereiro, o mundo virou de cabeça para baixo e a covid-19 se…

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O nome de Louveira

Eu cresci andando a cavalo pela região de Louveira. Foi lá, no começo do século 20, que meu bisavô comprou alguns sítios que se transformaram numa fazenda, que, 4 gerações depois, voltou a ser sítio, mas preservando a grande casa da sede, reformada para ficar como está no final da…

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Natal

Todo ano, há mais de dois mil anos, uma noite especial de dezembro assiste uma estrela que cortar o céu, trazendo paz aos homens. Seu brilho é tão forte que na primeira guerra mundial, num determinado natal os soldados alemães e franceses vendo a estrela no céu, confraternizaram, saindo de…

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A sonda e o cometa

Quero me fundir em você como a sonda que se atirou contra o cometa. Quero me integrar em você como a sonda se integrou no cometa, numa explosão brilhante onde a sonda deixou de ser sonda para ser parte do cometa. Quero me atirar conscientemente, não como um kamikaze alucinado,…

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O carroceiro

Quando eu era menino, na fazenda da família, tinha permanentemente pelo menos duas carroças para fazer o serviço de transporte de carga, que variava desde lenha cortada, até os sacos de café colhidos no alto do morro e trazidos para secar no terreiro de tijolos, na frente da casa do…

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O trânsito alucinado

  De alguma forma, a pandemia, ou as consequências da pandemia, bateram forte nas pessoas e o resultado é uma enorme falta de paciência em relação a tudo. Cada um acha que tem mais direito do que o outro e isso se reflete na absoluta anarquia em que se transformou…

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