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O sufoco do transporte público. Você passa por isso?

Para quem depende totalmente dele, não é fácil!

Acordar todos os dias e enfrentar o transporte público para chegar ao seu trabalho é uma tarefa para o paulistano similar ao “matar um leão por dia”, pelo menos nos horários de pico. Quem passa por esta situação sabe muito bem o que eu estou dizendo. Houve melhorias na mobilidade urbana da cidade, mas ainda há muito a melhorar. Para quem usa o transporte público, o tempo gasto supera duas horas para chegar ao seu destino. É muito desgaste.

Aproximadamente 9,5 milhões de paulistanos utilizam o transporte público diariamente, a maioria opta pelos ônibus municipais, até porque o metrô não chegou sequer aos 100 quilômetros prometidos. A atual malha é de pouco mais de 78 quilômetros distribuídas em seis linhas, já a frota de ônibus tem cerca de 14 mil veículos em mais de 1.300 linhas. Há também os trens da CPTM que não tem muito por onde expandir. A oferta parece muito, mais não é.

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Nos horários de pico, eles estão lotados. Um sufoco para quem depende do transporte público e para quem perde, em média, 2h8 por dia para se deslocar, conforme consta na pesquisa “Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana na Cidade”, da Rede Nossa São Paulo e do Ibope Inteligência. Mas temos que considerar também que houve melhorias, como os corredores de ônibus que deram mais agilidade a esse tipo de transporte. Mas ainda há muito a ser feito.

É um desafio para nós que estamos na terceira maior metrópole do mundo o transporte público chegar a níveis satisfatórios. Penso no exemplo de Xangai, na China, que em menos de 30 anos o seu metrô já tem 637 quilômetros de extensão. Ou o de Londres, que soma 270 estações. Nós estamos muito longe desta realidade. Enquanto isso, nós paulistanos sofremos diariamente com o transporte coletivo.

O que precisa melhorar? Comente:

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.