Adeus Erasmo Carlos

Qualquer coisa que se diga sobre Erasmo Carlos já foi dito. Mas que fim de ano para a música brasileira! Depois de Gal e Rolando Boldrin, o Tremendão sai de cena. Foi compor nos campos da eternidade, descendo as curvas das serras num carrão anos 60, com um sorriso nos…

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Obrigado para a Anca

[Crônica do dia 3 de junho de 2006] Entre as boas contribuições da OSESP, a orquestra de nível internacional que colocou São Paulo entre as cidades com grandes orquestras no mundo, o que não é pouco, uma das que me atingiu diretamente, além, evidentemente, do prazer de ouvir a orquestra…

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O trem que não é das onze

[Crônica do dia 9 de novembro de 2000] Um dos maiores sucessos de Adoniran Barbosa foi o famoso trem das onze, que ia para Jaçanã, levando o sambista para dormir em casa por que sua mão não dormia enquanto ele não chegasse. Era um trem confiável, que partia e chegava…

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Aos 96 anos do poeta

Amanhã o poeta Paulo Bomfim completaria 96 anos de idade. Ele partiu faz três anos e, desde então, faz falta para os amigos e para quem acredita que o mundo pode ser um lugar melhor e o Brasil um país onde a poesia e os bons sentimentos têm espaço para…

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Lua cheia

Faz tempo, nós descíamos da sede da fazenda para o terreiro, nos deitávamos em cima de edredons velhos e ficávamos ouvindo música e olhando o céu, especialmente nas noites de lua cheia. Também acontecia dela surgir na volta das cavalgadas até o morro da Cabaninha, onde íamos ver o por…

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A primeira névoa

A primeira névoa recobriu a manhã da cidade, encantando o dia que nasceu estranho, como que arrancado de um filme de ficção científica, onde um sol sem vida, ou agonizante, iluminava um planeta de sonho. São Paulo amanheceu escondida atrás da cortina branca que deformava sua silhueta, enganando os motoristas…

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Namorados

Teus olhos, mesmo quando estão bravos, têm um brilho próximo, que fala das venturas da terra e da possibilidade de se ser feliz. Tuas mãos, eternamente amigas, tuas mãos, se abrem, mesmo na noite mais escura, no momento mais difícil, quentes e carinhosas, como o sol numa tarde de primavera….

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Um erro de data

O poeta Paulo Bomfim morreu no dia sete de julho de 2019. Por um erro de conta, na crônica que eu gravei para homenagear a data eu falei que fazia quatro anos que poeta tinha partido dessa vida para galopar pelos campos da Fazenda Himalaia que existe no céu. De…

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Como as estrelas

Como as estrelas brilham no céu, nós brilhamos na terra. Cada um de nós tem seu brilho próprio, que nos faz um diferente do outro, em todas as situações, e em cada momento. Mais forte do que as impressões digitais, tão inquestionável quanto a íris dos olhos, o brilho de…

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A cor da música

A música sai fazendo voltas em cores que se espalham na brisa que não sopra. Toma a sala, entra em cada canto, ocupa todos os espaços, lentamente, como uma cobra hipnotizada pelo som da flauta de um faquir. Suave, fala dos anjos que voam pelos céus, levando em suas trombetas…

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