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A Eletropaulo italiana

Um amigo diz que há sempre um jeito das coisas piorarem. Invariavelmente, isso é verdade. Por isso, ao ficar 15 minutos esperando sem ser atendido no telefone para emergências da Eletropaulo italiana, imaginei que mais uma vez meu amigo estava certo.

Em princípio, o telefone de emergências é para atender emergências, ou seja, situações dramáticas em que o pior cenário é uma possibilidade concreta que pode acontecer a qualquer momento, se é que já não aconteceu.

Quinze minutos depois de ouvir dezenas de vezes que todos os atendentes estavam ocupados, apesar de ser mais de vinte e três horas de um sábado, desisti e desliguei.

Achei mais fácil telefonar para a Defesa Civil, telefonema surreal e que não deu em nada, muito tempo depois do tempo necessário para uma emergência, com a rede elétrica cortada pela queda de uma árvore.

Acordei no domingo convencido que a Defesa Civil agiria rapidamente, conforme prometido pelo atendente da noite e confirmado logo cedo por uma atendente que me informou que a solicitação havia sido encaminhada para a turma de campo ainda na noite anterior.

De outro lado, tinha quase certeza de que a Eletropaulo Italiana roeria a corda, ou melhor, não faria nada e que parte do bairro estava condenada a ficar no escuro sabe Deus por mais quanto tempo.

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Tenho que dar a mão à palmatória e reconhecer que me enganei. As equipes da Eletropaulo Italiana, ou ENEL, estavam no bairro já no domingo cedo e trabalharam ao longo do dia, retirando galhos de cima dos fios, cortando árvores, consertando os estragos e religando a energia.

Foi uma grata surpresa que, eu espero, se transforme em rotina. Bom é elogiar alguém porque faz bem feito e desta vez a ENEL fez.

Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.