Arquivo de categorias para "Crônicas"
O motoqueiro e o ciclista
Eu tinha acabado de sair do posto de gasolina e entrado na Rua Alvarenga, que estava completamente parada. Na minha frente, surpreendentemente, tinha um motoqueiro parado no meio da faixa e, do lado dele, na outra faixa, um carro pequeno, também esperando a enorme sucuri andar. Foi aí que o…
Os personagens esquecidos
[Crônica do dia 27 de março de 2001] Quem já ouviu falar de Pedro de Rates Hanequim? Com certeza pouca gente, muito pouca gente, quem sabe a mesma que conhece a figura de Maria da Grã, que também respondia por Terebé, e era irmã de Bartira, e se casou com…
A boçalidade cobra seu preço
A radicalização atingiu tal ponto que agora é comum vermos publicações de todos os tipos com idiota, imbecil, mentecapto, traidor e outras boçalidades desse calibre sendo usadas não para inimigos figadais, outras torcidas de futebol, gente que a gente detesta, não. Estão sendo usadas no trato familiar, tipo, meu irmão…
O trânsito nas férias
Em janeiro, o trânsito dá sossego. É o contraponto para dezembro, quando as ruas paulistanas ficam completamente travadas, graças a uma soma perversa entre a incompetência da CET, a falta de educação de uma parte dos motoristas e a falta de competência para dirigir de outra. Não é uma soma…
A arte de dar
[Crônica do dia 8 de maio de 1998] Houve época que os homens morriam por ela, pela ideia de dar. Época em que se sacrificar valia a pena, porque os ideais humanos falavam de bondade e redenção, despojamento e pureza. época em que o reino do céu era a maior…
As quaresmeiras estão chegando
[Crônica do dia 22 de janeiro de 2003] As quaresmeiras começam a florir. Por conta disso, São Paulo que nas férias fica mais gostosa e mais humana, continuará, mesmo com a volta do rodízio, mais gostosa e mais humana. Não tenho números, mas acho que as quaresmeiras são as árvores…
350 anos de São Francisco
[Crônica do dia 15 de setembro de 1997] O centro velho de São Paulo me fascina faz muito tempo. desde quando entrei na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, eu ando de um lado para o outro, passeando por suas ruas, hoje decadentes, vendo as marcas da vida…
A Clotilde e os saguis
Apesar de não ser uma cachorra de caça – ela é uma boxer -, a Clotilde ficou relativamente conhecida entre as pombas e os sabiás pela competência com que atacava as aves que invadiam suas tigelas de comida e água e as matava, depois de dar um salto e as…
O sol sob a névoa
[Crônica do dia 07 de agosto de 1997] Tem dias que a névoa que recobre São Paulo é tão forte que o sol aparece apagado, sem brilho, não como se ele fosse o sol, mas como se ele fosse a lua cheia, chegando fora de hora. É um cenário estranho,…
Chuva
Chove, chove copiosamente. Já choveu a noite inteira e continua chovendo nesta manhã cinza, sem sol, com a água caindo do céu como se São Padro abrisse os ralos do Paraíso para nos castigar, ou lavar a alma, porque o corpo já foi. Chuva de verão é diferente das chuvas…